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Atlas da Violência

PB reduz número de homicídios

publicado: 20/06/2024 08h57, última modificação: 20/06/2024 08h57
Relatório mostra que estado tem a terceira menor taxa de assassinatos e JP é a capital mais segura do Nordeste
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O secretário da Segurança, Jean Nunes, atribui os bons números do estado ao trabalho contínuo de qualificação e integração dos órgãos operativos do setor
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Fotos: Evandro Pereira
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A Paraíba é o estado com a terceira menor taxa de homicídios do Nordeste, segundo o Atlas da Violência 2024, divulgado ontem pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Os dados apontam ainda que João Pessoa é a capital mais segura da região. Para chegar a esses resultados, o estudo utilizou informações do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM) do Datasus, consolidados até 2022.

Refreio
O estudo destaca a redução significativa de execução de jovens, crianças e adolescentes, com quedas de 43,2%, 47,1% e 48,7%, respectivamente

De acordo com o Atlas, a Paraíba registrou, em 2022, uma taxa de 27,2 homicídios por 100 mil habitantes, totalizando 1.105 vítimas. Os estados do Maranhão (27,1) e Piauí (24,1) foram os únicos a apresentarem taxas inferiores. Desde 2012, a Paraíba acumula uma queda de 31,3% nessa taxa. Nesse mesmo período, destaca-se a significativa redução em assassinatos de jovens, crianças e adolescentes no estado, com quedas de 43,2%, 47,1% e 48,7%, respectivamente.

No que diz respeito aos homicídios de mulheres, a Paraíba possui a terceira menor taxa do Nordeste, com 4,1 homicídios por 100 mil mulheres, atrás apenas de Sergipe (2,9) e Rio Grande do Norte (3,9). Foram registrados 84 casos de mulheres assassinadas em 2022, uma redução de 38,7%, em comparação a 2012.

O Atlas da Violência 2024 introduziu uma inovação: calcular as estatísticas dos homicídios não registrados oficialmente. O pesquisador Daniel Cerqueira, do Ipea, identificou São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco como os estados com maior quantidade de homicídios ocultos. A Paraíba, por outro lado, apresentou baixas taxas de homicídios ocultos, com uma variação de apenas 1,1 ponto entre a taxa registrada e a estimada de homicídios.

Resultado

Conforme Jean Nunes, secretário da Segurança e da Defesa Social da Paraíba, os bons números do estado são o fruto de um trabalho contínuo de qualificação e integração dos órgãos operativos de segurança, que são a Polícia Militar, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros Militar, e de parcerias estratégicas com alguns órgãos, como o Detran e a Secretaria de Administração Penitenciária.

“Investimos fortemente na análise criminal e na inteligência, o que tem nos permitido identificar e neutralizar as ameaças de maneira proativa. Esse trabalho integrado é fundamental para a gestão orientada por resultados, na qual cada ação é planejada e executada com o objetivo de reduzir os crimes violentos em todo o estado”, salientou.

Na capital

O relatório também mostrou que João Pessoa é a capital do Nordeste mais segura e a 10a do Brasil com menor taxa de homicídios. As políticas de segurança pública qualificadas, baseadas em evidências e orientadas por resultados, contribuíram para essa redução. Para tal, a gestão aprimorou a inteligência policial e os programas multissetoriais de prevenção à violência.

Outro ponto crucial do Atlas diz respeito à segurança e à efetividade dos dados registrados, apontando que João Pessoa (PB) e Florianópolis (SC) foram as únicas capitais a zerarem a estatística de homicídios ocultos — resultado do preenchimento eficiente dos dados de homicídios no SIM. “Esses avanços só foram possíveis devido à dedicação e ao trabalho incansável dos nossos profissionais de segurança pública e à implementação de políticas baseadas em evidências e avanços no uso de tecnologia. Continuaremos a trabalhar com seriedade e comprometimento, para garantir a segurança de todos os paraibanos e reduzir ainda mais os índices de criminalidade em nosso estado”, garantiu o secretário.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 20 de junho de 2024.