Notícias

Ilha da fantasia

PF prende três pessoas em operação

publicado: 16/06/2023 09h58, última modificação: 16/06/2023 09h58
Casal de empresários detido em CG teve a prisão mantida após audiência de custória. O preso no Rio virá para PB
1 | 2
Os policiais federais cumpriram mandados de busca e apreensão em Campina Grande e na cidade de Gurjão, no Cariri do Estado - Fotos: Assessoria da PF
2 | 2
Foto Assessoria da PF (1).jpeg
Foto Assessoria da PF (2).jpeg

por Giovannia Brito*

Três pessoas responsáveis pela empresa Fiji Solutions foram presas preventivamente durante operação Ilha da Fantasia, desencadeada pela Polícia Federal (PF). Duas foram presas ontem, em Campina Grande, e uma na quarta-feira (14), no Rio de Janeiro. Além disso, oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados a pessoas da Fiji e também a Softbank, que atuam no mercado com criptoativos.

Ontem mesmo, após audiência de custódia, a empresária Emilene Maria Lima do Nascimento e o marido dela, Breno de Vasconcelos Azevedo, tiveram a prisão mantida e a mulher recebeu prisão domiciliar.

No último mês de abril, a Fiji já teve R$ 399 milhões bloqueados por determinação da Justiça, atendendo pedido do Ministério Público da Paraíba, depois que o órgão estabeleceu um prazo de 72 horas para que os proprietários efetuassem o pagamento aos investidores lesados, o que não ocorreu.

A operação foi desencadeada para combater crimes contra o sistema financeiro nacional e de organização criminosa, em tese cometidos pelos gestores das duas empresas.

De acordo com a PF, os investigados captaram recursos de clientes, prometendo pagamento de remuneração expressiva, que seria obtida através de operações de compra e venda de criptoativos. No entanto, não cumpriram o que foi acordado. As investigações da PF apontam que nos últimos três anos foram movimentados pelos principais investigados, valores equivalentes a aproximadamente R$ 600 milhões.

Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos ontem em Campina Grande, sendo três no bairro de Itararé e quatro no Catolé, além de outro na cidade de Gurjão, Cariri do Estado.

Prisão no Rio de Janeiro

Um dos alvos de mandado de prisão da Operação Ilha da Fantasia foi o empresário Bueno Aires José Soares, que já havia sido preso na noite de quarta-feira (14), na cidade do Rio de Janeiro pela Polícia Civil daquele Estado, em virtude de outra ordem de prisão temporária sob a suspeita de crime de abuso sexual infantil.

Ele estava no Rio e foi capturado pela Polícia Civil carioca, que deu apoio às investigações. O trabalho teve a participação da Polícia Rodoviária Federal e do Gaeco.

O empresário é investigado por crimes relacionados a abuso sexual infantil. Ele deverá passar por audiência de custódia no Rio de Janeiro hoje, para em seguida ser transferido à Paraíba, para continuidade das investigações.

Nos computadores e celulares de Bueno Aires foram encontradas imagens de crianças e adolescentes em cenas de sexo explícito. Chamou atenção dos policiais a produção dos conteúdos, o que indica que eles teriam passado pelas mãos de alguém que trabalha profissionalmente com edição de imagens. As fotos não teriam sido apenas baixadas de sites da internet.

Ao ser reconduzido ao estado, uma das linhas de investigação é tentar descobrir com o seu depoimento se ele é o responsável pela produção, ou se recebeu de alguém, também envolvido nesse tipo de crime. 

Formulário

Com a deflagração da Operação Ilha da Fantasia ontem pela Polícia Federal, foi criado um formulário para pessoas que tenham contratos com as empresas -alvo da operação, mandem os dados para serem incluídos no inquérito. Para acessar, basta clicar neste link para ser direcionado formulário.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 16 de junho de 2023.