A professora de Radialismo Norma Meireles, do Departamento de Comunicação da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), lançou ontem, na COP30, a Agência Internacional Universitária de Notícias e Comunicação Ambiental (Aiunca).
Norma, que também é presidente da Rede de Rádios Universitárias do Brasil (Rubra), criada em 2018, explicou que a Aiunca será formada por mais de 500 meios de comunicação universitários ao redor do mundo, dentre eles os ligados à Rubra. O intuito é reunir emissoras universitárias e projetos de produção em áudio para facilitar a comunicação científica e a divulgação jornalística das inovações sustentáveis produzidas nos centros de Ensino Superior.
Em entrevista à Rádio Tabajara, emissora da Empresa Paraibana de Comunicação (EPC), a professora detalhou sua participação no terceiro dia da COP30. “Estarei presente com a Rubra e nós vamos apresentar a Aiunca no pavilhão da Itália. O lançamento da agência está dentro do cronograma de propostas aceitas pelo governo italiano e, enquanto membro-fundadora da Aiunca, o nosso principal intuito durante a conferência será mostrar a força que as rádios universitárias possuem e a importância da comunicação climática”, afirmou a professora.
Segundo ela, o espaço acadêmico já é um ambiente naturalmente fértil para o desenvolvimento de estratégias e tecnologias que refreiam ou revertem as mudanças climáticas e o aquecimento global, e a existência de uma rede internacional de comunicação nas universidades apenas facilitaria que esse conhecimento produzido por estudantes, professores e pesquisadores chegue a mais pessoas.
“Meio ambiente e mudanças climáticas não são questões novas, e na universidade já trabalhamos essas temáticas de inúmeras maneiras. O que estamos propondo agora, de certa forma, é a sistematização da divulgação do que está sendo produzido nas universidades que tenha relação com comunicação científica e com o jornalismo especializado em meio ambiente”, frisou.
Para Norma, além de facilitar a divulgação das pesquisas e projetos desenvolvidos nas universidades em todo o globo, a Agência Internacional Universitária de Notícias e Comunicação Ambiental também é importante para interligar diferentes áreas do conhecimento. “As questões ambientais, na verdade, são socioambientais, políticas, econômicas, e as universidades, de maneira geral, trabalham já enxergando esse macro. Aqui, na COP30, faremos um trabalho não só de radialismo, de jornalismo e de comunicação, mas de diálogo e troca com todos esses outros eixos temáticos”, pontou.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 13 de novembro de 2025.