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Trabalho foi inspirado na Astrologia e na fala de um aluno sobre saudade: “Ter a liberdade de olhar para o céu à noite”

Quadros de luz: socioeducandos realizam exposição

publicado: 29/06/2022 09h10, última modificação: 29/06/2022 09h10
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Foto: Secom-PB

A Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente ‘Alice de Almeida’ (Fundac), por meio da Escola Cidadã Integral Socioeducativa Almirante Saldanha, da unidade do Centro Socioeducativo Edson Mota (CSE), montou a exposição “Quadros de luz: o universo em mim”, composta por trabalhos dos internos.

Segundo o professor de Artes, Luciano Medeiros, o projeto foi inspirado na Astrologia e na fala de um aluno, ao revelar que “ter a liberdade de olhar para o céu à noite” é uma das maiores saudades. Luciano, juntamente com o outro professor de Artes, Wênio Araújo, buscou inspiração por meio do estudo do universo, principalmente das fases da lua, e como essas fases influenciam na vida emocional e física do ser humano.

“O trabalho se inspira na luz que a lua reflete do sol iluminando a escuridão da noite para fazer o ser humano desenvolver um trabalho de autoconhecimento estimulando o contato com as suas sombras [negatividades] e quais os caminhos a percorrer para descobrir a sua luz interna [positividade]”, explicou Luciano.

Segundo o professor Wênio Araújo, o projeto é desenvolvido por meio da educação interdimensional trabalhando as quatro dimensões do ser humano, acompanhadas pelas quatro fases da lua que são: lua minguante (dimensão afetiva), lua cheia (dimensão sagrada), lua crescente (dimensão da razão) e lua nova (dimensão da ação).

O professor Luciano informou que esse primeiro módulo, que trata da lua minguante e traz a dimensão da afetividade como estudo, proporcionou nos alunos as reflexões sobre como olhar para suas sombras e mágoas e como transformar as negatividades em positividades.

“Separado em três momentos, esse módulo trouxe, em primeiro lugar, o objetivo de os alunos refletirem sobre o momento que a lua minguante traz de olhar para dentro de si e ver o que precisa ser mudado, na busca de potencializar a dimensão afetiva”, explicou.

Luciano explicou também que o segundo momento, intitulado de estrelas das mágoas, inspirado na constelação familiar, foi onde os alunos puderam perceber as mágoas que tinham “e como elas nos levam à negatividade, nos deixando sem luz e sem brilho e nos afastando do nosso real poder, que é a positividade”.

Segundo ele, nesse módulo os alunos puderam jogar suas mágoas para o universo para serem transformadas.

“No terceiro momento, os participantes  vivenciaram como criar a estrela da afetividade trazendo a reflexão de como brilhamos quando estamos na nossa luz e na nossa positividade”, explicou o professor, lembrando que foi a partir dessas reflexões que surgiram as exposições “No brilho da lua minguante: equilibrando luz e sombras” e “Das estrelas do meu universo: minha estrela vai brilhar” expondo o universo interno e brilho dos alunos “porque iluminar é sempre preciso, principalmente a iluminação interna, a que é essencial   para nossa consciência e é uma das maiores armas do ser humano contra as negatividades que vem tomando conta do mundo”, comentou Luciano.

*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 29 de junho de 2022.