por José Alves*
Os hospitais de Trauma de João Pessoa e Campina Grande realizaram no último final de semana 876 atendimentos, sendo 469 na capital e 407 em Campina Grande. Um dado preocupante para os médicos foi que nos dois hospitais as quedas ocorrem mais entre idosos na faixa etária entre 60 e 99 anos e crianças na faixa etária entre zero e 12 anos lideraram as entradas de emergências. No Trauma de João Pessoa, 147 atendimentos foram considerados graves e gravíssimos, já em Campina Grande, 19 pacientes tiveram que ser atendidos pela equipe médica da urgência.
Em ambos os hospitais, os casos de queda neste final de semana superaram os acidentes envolvendo motociclistas. 38 motociclistas foram atendidos no Trauma da capital e 52 no Trauma de Campina Grande. No Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, durante o balanço do fim de semana iniciado a 0h de sexta-feira até às 23h59 do domingo, a unidade registrou 56 procedimentos cirúrgicos de alta e média complexidade.
Por outro lado, o Hospital Estadual de Emergência e Trauma Dom Luiz Gonzaga Fernandes, em Campina Grande, a faixa etária dos 19 aos 59 anos foi responsável pela maioria das entradas na instituição com 259 pacientes, seguida por pessoas com mais de 60 anos (130), crianças de zero a 12 anos (63) e de 13 a 18 (17). O balanço tem como base as entradas realizadas desde 0h do sábado até as primeiras horas de ontem.
Outros casos registrados no Trauma de João Pessoa foram de agressão física (10), atropelamento (oito), queimadura (oito), acidente de automóvel (seis), acidente de bicicleta (sete), arma de fogo (cinco) e arma branca (um). Os casos clínicos em destaque foram Acidente Vascular Cerebral (25) e Acidente Vascular (13).
Bairros
De acordo com a assessoria do Trauma o bairro de Mangabeira lidera os atendimentos com 37 casos, seguido por Pedro Gondim (24), Valentina (19), Geisel (15) e Cruz das Armas (12). Já em relação aos municípios, Santa Rita lidera com 29. Na sequência, estão Bayeux (20), Cabedelo (14), Sapé (sete) e Conde (seis).
Já no hospital de Trauma de Campina Grande, o plantão de maior movimento foi o do domingo, quando 202 pessoas foram atendidas, seguido do plantão do sábado, quando deram entrada 186 pessoas.
De acordo com a estatística do Hospital de Trauma de Campina Grande, do total de atendimentos, 103 foram vítimas de queda, superando os acidentados de moto (52). Outros casos de emergência registrados na unidade de saúde foram agressão física (12), vítimas de projéteis de arma de fogo (um), arma branca (dois), atropelamentos (três), queimaduras (três), vítimas de acidentes de carro (dois) e de bicicleta (três). Os demais atendimentos médicos foram na clínica médica e na pediatria.
Serviço
O Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena atende casos de urgência e emergência, contudo, muitos procuram a instituição para atendimentos clínicos, não levando em consideração o tipo de assistência prestada pela unidade de saúde, voltada para situações de média e alta complexidade, a exemplo de vítimas de trauma (acidentes e desastres), violência, queimadura, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e hemorragias digestivas.
A unidade de saúde de Campina Grande disponibiliza 298 leitos, 301 médicos, sendo 64 em regime de plantão presencial 24 horas. O hospital dispõe de seis salas no bloco cirúrgico e é referência em trauma para 203 municípios da Paraíba.
Ambulatório do Trauma de JP passa a funcionar no prédio do hospital
O Ambulatório de Traumatologia da Paraíba (ATP), que auxilia os pacientes que necessitarem fazer acompanhamento médico, após a alta hospitalar, do Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, passa a funcionar, a partir de ontem, nas próprias instalações do hospital. O ambulatório funcionava anteriormente na Avenida Jesus de Nazaré, 120, Jaguaribe, por trás do Hospital Arlinda Marques.
O diretor-geral da unidade de saúde, Laecio Bragante, explicou que o Ambulatório de Traumatologia da Paraíba funciona de segunda a sexta-feira das 7h às 16h, realizando serviços de retornos médicos, exames de imagens (raios-x), curativos de alta, média e baixa complexidade e serviço de aparelho gessado, como também serviços de enfermagem e ambulatorial.
O ambulatório atende diariamente cerca de 200 pessoas, ou seja, cada especialidade realiza normalmente 15 consultas, dependendo da demanda pode até ultrapassar essa média. Durante a pandemia, o ATP não parou de funcionar e continuou recebendo retornos médicos oriundos do Hospital de Trauma.
Segundo a coordenadora administrativa do ATP, Alzira Cardoso, o trabalho do ambulatório é muito importante para os pacientes que precisam de acompanhamento após a alta hospitalar. “A maioria dos nossos pacientes é cadeirante ou com mobilidade reduzida, já que nosso foco é a ortopedia. Esse atendimento dá continuidade ao trabalho realizado no Hospital de Trauma, promovendo saúde e bem-estar de maneira bastante humanizada”, frisou.
A forma de atendimento no ATP permanece a mesma que era realizada em Jaguaribe, ou seja, por marcação prévia, e com exclusividade para pacientes oriundos do Hospital de Trauma de João Pessoa. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (83) 3216-5700.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa de 5 de julho de 2022.