O 39o Salão do Artesanato Paraibano, realizado pelo Governo do Estado e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas na Paraíba (Sebrae-PB), na orla de João Pessoa, segue registrando um alto volume de negócios, entre vendas e encomendas de peças. Até a última terça-feira (21), o evento, inaugurado no dia 10 de janeiro, já havia movimentado mais de R$ 2,2 milhões.
Em visita ao Salão, sediado no estacionamento do Hotel Tambaú, a primeira-dama do Estado e presidente de honra do Programa do Artesanato Paraibano (PAP), Ana Maria Lins, comemorou os números divulgados, incluindo os 4.120 itens de alimentação, doados como entrada pelos visitantes do espaço e destinados a entidades de assistência a pessoas em vulnerabilidade social. “É um Salão que tem superado nossas expectativas”, enfatizou.
Percorrendo o espaço de mais de 6 mil m² do evento, na quarta-feira (22), ela também reforçou o compromisso do Governo do Estado com os artesãos locais, garantindo que o Salão seguirá sendo sediado na orla — uma das razões apontadas pelo segmento para a alta nas vendas.
“O nosso artesanato tem recebido o olhar atento do governador João Azevêdo, como ele mesmo diz. Tudo isso é fruto de um compromisso assumido com o artesão e com a artesã, ainda na primeira gestão, inclusive atendendo a um antigo desejo deles, que queriam que o Salão fosse realizado na praia. Pelos números, eles tinham razão”, destacou.
Homenagem aumenta interesse em peças elaboradas com papel
Acompanhada de integrantes do PAP, Ana Maria também pôde perceber, de perto, que a homenagem prestada pelo evento, neste ano, a sete artesãos especializados em técnicas com papel tem ajudado a atrair mais interesse do público — e até de outros profissionais — por essa tipologia. “Eu percebo que muitos colegas já começam a querer também confeccionar suas peças com o papel. E isso é muito bom, porque fortalece a tipologia e ajuda o meio ambiente”, contou Carlos Apolônio, um dos homenageados do 39o Salão do Artesanato.
“Quando o governador anuncia a tipologia homenageada, ele tem sempre em mente o fortalecimento dela. Por isso, ouvir esses relatos mostra que o maior objetivo com essa homenagem foi atingido”, avaliou a primeira-dama. De fato, o interesse por materiais feitos com base em papietagem e papel machê também foi constatado pela equipe do Laboratório de Inovação e Design para o Artesanato Competitivo (Labin). “Estamos vendo que o papel está gerando interesse e a curiosidade dos demais artesãos. Então vamos conversar com a equipe do PAP para desenvolvermos oficinas e replicar essa técnica, trazendo mais artesãos para essa tipologia”, adiantou Marianne Góes, coordenadora do Labin.
Além de Carlos Apolônio, o Salão do Artesanato Paraibano, cujo tema é “Qual é o seu papel?”, celebra os nomes de Adriano Oliveira, Babá Santana, Dadá Venceslau, Ednaldo Farias, Geo Oliveira e Socorro Souza.
Vitrine lucrativa
Realizado em duas edições — em janeiro, em João Pessoa; e, em junho, em Campina Grande —, o evento é considerado um dos melhores na geração de emprego e de renda para o segmento dos artesãos, principalmente por ocorrer durante a alta temporada, na capital paraibana, e durante O Maior São João do Mundo, na Rainha da Borborema.
Contando com a maior estrutura em toda a sua história, o Salão apresenta e comercializa trabalhos de 549 expositores locais, com uma grande variedade de peças em tipologias diversas, como bordado, macramê, renda renascença, artesanato indígena, brinquedos populares e patchwork.
Prosseguindo até o dia 2 de fevereiro, o evento está aberto para visitas durante todos os dias da semana, das 16h às 22h. Como ingresso, basta ao visitante doar, na entrada do espaço, 1 kg de alimento não perecível.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 24 de janeiro de 2025.