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Hoje, em Campina Grande, data é comemorada com apresentações gratuitas de Lucas Barreto, Dona Treta e Sonoriah

Teatro Severino Cabral celebra 58 anos com atrações musicais

publicado: 30/11/2021 08h34, última modificação: 30/11/2021 08h34
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Fotos: Codecom/Divulgação

tags: Teatro Severino Cabral , Campina Grande , 58 anos , Lucas Barreto , Dona Treta , Sonoriah

por Iracema Almeida*

Hoje, o Teatro Municipal Severino Cabral (TMSC) chega aos 58 anos de existência. Para celebrar mais de meio século de criação, sendo sinônimo das artes e propagação da cultura no Agreste paraibano, haverá uma programação especial, com shows de Lucas Barreto, da banda Dona Treta e grupo Camerata Sonoryah. Além do grupo de dança Ballet Cidade de Campina, que fará a abertura. O evento gratuito começa às 20h, no palco principal do equipamento cultural, na Avenida Floriano Peixoto, centro de Campina Grande.

Para o controle da ocupação, é preciso acessar o site do Sympla (www.sympla.com.br/produtor/tmsc) para retirada das entradas gratuitas. O teatro segue os protocolos de segurança e só está sendo permitido 50% da totalidade, ou seja, cerca de 350 lugares, Além do uso obrigatório de máscara e de álcool a 70%.

Para a banda Dona Treta, fazer parte das comemorações de 58 anos do teatro é muito gratificante, sobretudo por ser um local que é patrimônio campinense. O vocalista do grupo, Rodrigo Braga, destaca que vai passear pela música brasileira, com estilos que fazem parte do seu repertório, além de músicas autorais. “Podem esperar um show com muita energia, que é nossa marca registrada. Esperamos ver nossos fãs por lá e contamos com a reciprocidade de todos pra cantar vários clássicos conosco. É uma honra imensa fazer parte dessa data especial”, diz Braga.

O trio Camerata Sonoryah estará fazendo a recepção do público, no hall do teatro. Segundo o flautista Felipe Oliveira, a apresentação Do Erudito ao Popular vai trazer ao público algumas composições tradicionais da música clássica, como também músicas instrumentais nos ritmos típicos do Nordeste, como o forró e chorinho, além da MPB. “O grupo se sente muito lisonjeado em poder fazer parte de mais um aniversário do principal palco de cultura de Campina Grande. Nossa participação mostra que na cidade não tem só forró, mas também tem grupos de músicas instrumentais”, pontua.

O cantor Lucas Barreto fez questão de ressaltar que para quem é nascido em Campina Grande, como ele, sabe da importância e relevância do Teatro Municipal para o cenário artístico cultural da cidade. Para ele, fazer parte desses 58 anos de história é de um prazer imensurável. Nesta noite, sua apresentação A voz da canção é fundamentada na concepção de dualidade e de como esses opostos estão interligados: artista e público, poesia e música, voz e violão, popular e erudito, trazendo as infinitas possibilidades de diálogo que permeiam nesse universo cultural.

“Eu sinto uma energia diferente de todos os palcos que já pisei, a carga das grandes referências musicais que já pisaram no palco do Severino Cabral. O público pode esperar a minha entrega total ao que eu mais amo e respeito, que é a música. Que eu possa refletir ao público através de minha voz, corpo e alma uma noite memorável de belas canções”, acrescenta Lucas Barreto.

Orgulho para todos

Para o nicho cultural da Serra da Borborema poder fazer parte da gestão do Teatro Municipal Severino Cabral sempre foi motivo de orgulho, tanto dos que por lá passaram como do atual diretor do local. Alan Peres é o atual diretor e confessa que ocupar o cargo deixa envaidecido, sobretudo por fazer parte do grupo de pessoas que deixaram contribuição para a cultura paraibana.

“Esse teatro é o que é hoje não apenas por ser uma obra arquitetônica moderna, mas por ter se consolidado como o centro da cultura campinense. É muito gratificante poder ver a casa celebrando mais um ano de existência ocupada (dentro dos limites). Nossa expectativa é finalizar as comemorações com engrandecendo ainda mais o Severino Cabral”, diz Alan Peres.

Outro nome que é sinônimo do TMSC é Eneida Maracajá, a gestora que passou mais tempo como diretora do local e fundadora do Festival de Inverno de Campina Grande, ao todo foram quase 14 anos no cargo. “Esse teatro é minha casa, minha história, é um pedaço do meu coração. As luzes daquele palco sempre estarão iluminando minha alma, até mesmo depois dessa minha vida. Foram inúmeros projetos que até hoje fazem parte do calendário atual da cidade”, relembra a ex-diretora.

O equipamento, que é um dos maiores símbolos da cultura da Paraíba, foi inaugurado em 30 de novembro de 1963. Na época, seu formato que lembra um bico de flauta – ou para muitos, um apito – foi considerado uma das obras arquitetônicas mais modernas de Campina Grande. O projetista responsável pela obra foi Geraldino Duda.

O local ficou fechado por mais de um ano, durante a pandemia, mas já foi palco de grandes eventos culturais do país – como o Festival de Inverno de CG e Festival Internacional de Música – e de artistas nacionais, como Fernanda Montenegro, Eva Wilma, Ana Botafogo, Débora Colker, Carlinhos de Jesus, Elba Ramalho e Chico César.

 *Matéria publicada originalmente na edição impressa de 30 de novembro de 2021