Nesta semana, as viagens de lancha entre Cabedelo e Costinha, distrito do município de Lucena, foram suspensas para a realização de obras de manutenção no trapiche — construção que permite o acesso às embarcações. A suspensão vai durar por tempo indeterminado, até que sejam executados os trabalhos, segundo informações do Departamento de Estradas de Rodagem da Paraíba (DER-PB).
De acordo com o gerente executivo de Transportes do DER-PB, Fleming Cabral, nesse período, as viagens de balsa entre os dois pontos seguirão normalmente, com o acréscimo de mais dois horários (às 5h e às 20h), para garantir a prestação desse serviço. “Quem precisa sair cedo para o trabalho ou quem volta para casa no fim do dia pode seguir fazendo a travessia pela balsa. Não haverá prejuízos à população, durante esse período de manutenção preventiva”, garantiu.
Ele disse ainda que a interdição do trapiche é unicamente para a realização de obras de manutenção previamente programadas — ou seja, não houve incidentes anteriores que oferecessem riscos aos usuários e, por isso, levassem à suspensão do serviço. “A obra que será realizada é preventiva. Não houve nenhum risco de acidente nesse espaço. Lamentavelmente, houve quem falasse algo nesse sentido, mas trata-se de uma manutenção preventiva, que já estava prevista. Para tal, é necessário interditar o acesso das pessoas, justamente para evitar qualquer tipo de problema”, explicou.
Programação das viagens de balsa entre os dois pontos teve o acréscimo de mais dois horários: às 5h e às 20h
Prazo
Quanto à previsão de conclusão dos serviços, o gerente adiantou que ainda não é possível definir um prazo, devido à aquisição do material necessário para o serviço. “São peças de madeiras de tamanho grande, entre sete e dez metros de comprimento. Na Paraíba, esse material não é encontrado com facilidade, mas a empresa já está providenciando. No entanto, só poderemos precisar o prazo quando esse material já estiver aqui. Portanto, durante esse período, as viagens de lancha vão seguir suspensas”, disse.
Inicialmente, logo depois da interdição do trapiche, o embarque das lanchas foi feito diretamente na areia, como alternativa. Mas, devido aos transtornos, o serviço foi totalmente suspenso. “A empresa fez esse experimento, para permitir o embarque e desembarque. Mas foi logo descartado, porque causou desconforto aos usuários. Como não havia o trapiche para ordenar a fila, as pessoas tumultuavam a entrada e reclamavam que chegariam ao trabalho com os pés molhados. Realmente, era muito desconfortável. Então, essa ideia foi esquecida. Para compensar, os horários de acesso para a travessia aquática pela balsa aumentaram”, argumentou.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 20 de setembro de 2024.