A Suíte VLibras, aplicativo desenvolvido pela parceria entre a Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), está entre as novas iniciativas promovidas pelo MGI para ampliar a acessibilidade digital no Brasil. A ferramenta foi apresentada na última segunda-feira (15), entre outras soluções digitais, durante a 5a Conferência Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, que se encerra hoje, em Brasília.
Por meio do VLibras, que é gratuito, as pessoas surdas podem consumir produções multimídia em sua língua natural de comunicação; assim, textos, áudios e vídeos em português são traduzidos para a Língua Brasileira de Sinais (Libras). De acordo com o MGI, o aplicativo se destina a facilitar o acesso dessas pessoas aos serviços públicos, sem substituir tradutores humanos em encontros ao vivo.
Ainda segundo o órgão, mais de 100 mil traduções são realizadas pelo aplicativo, todos os dias. Além disso, cerca de 120 mil sites já utilizam a solução digital, que possui 90 mil frases treinadas por inteligência artificial e 21 mil sinais cadastrados em sua biblioteca.
“Pessoas com deficiência têm necessidades específicas, que, muitas vezes, outros grupos não possuem, e precisamos trabalhar para atendê-las. O Ministério tem como missão transformar o Estado e os serviços públicos para respeitar, valorizar e incluir as pessoas conforme as suas necessidades, conforme as suas características . É preciso que o Estado atenda a essas necessidades e se comunique adequadamente com todos os grupos da população”, destacou Luanna Roncaratti, secretária adjunta de Governo Digital, que representou o MGI durante a apresentação do VLibras, acompanhada por cerca de 1.200 pessoas.
Durante o evento, Roncaratti também contextualizou projetos como o VLibras como parte da Estratégia Nacional de Governo Digital, que tem, entre seus objetivos gerais, aprimorar a qualidade dos serviços públicos com uma abordagem inclusiva, acessível, proativa e em canais integrados de atendimento, com atenção à experiência dos usuários. “É essencial que os serviços digitais [públicos] tenham qualidade, que eles sejam acessíveis, simples e fáceis, justamente, para ajudar a incluir, e não excluir as pessoas”, explicou.
*Matéria publicada originalmente na edição impressa do dia 17 de junho de 2024.